Wednesday, May 23, 2007

Por que sempre Eles?

Sempre Eles.Nas listas de profissionais mais bem-sucedidos, lá estão Eles. Na listas dos mais ricos, lá estão Eles. Hoje Elas já aparecem, em reduzido número, ainda que em um movimento lentamente ascendente.
Eu sempre me perguntei, será que Eles são mais inteligentes? Mais arrojados e empreendedores? Será que eles trabalham infinitas horas a mais? Foi então que depois de muito observar, pensar e debater criei a minha própria teoria. A teoria dos sem-útero. Acho que Eles chegam lá pois sua maior, senão única, pressão é a conquista profissional.Seu trabalho em ter filhos requer uma participação muito inferior a da mulher. Se assim ele quiser.
Elas tem que ser mães, senão por uma vontade própria, por uma pressão social. Elas tem um limite de idade para ter filhos, coisa que eles não têm. É muito mais comum ouvir uma mulher dizer que não está trabalhando pois quer se dedicar aos filhos do que um homem ocupar este mesmo papel sem que escute comentários ou expressões de surpresa. Normalmente a sociedade deduz que este homem não estava obtendo muito sucesso em sua carreira.
É claro que existem as super Elas. Mas não sem um preço. A maioria das super elas tem apenas um filho, que vive ocupado com inúmeras atividades tanto quanto sua mãe. Existem aquelas que optam em não atuar na área da maternidade, mas sofrem certo preconceito (mesmo que quase imperceptível) e seu parceiro pode em algum momento acusá-la de um comportamento egoísta.
Ela é quem lida com a empregada(s) e com outras tantas tarefas da "mulher". Se ele ajuda nesta ceara, é eleito um marido dos sonhos.Se ela não cumpre tais tarefas é taxada de preguiçosa (especialmente pela mãe dele). Esse cenário é comum, especialmente nos países da América Latina. E me faz pensar como se é possível que um ser humano alcance o topo do sucesso nas duas áreas de sua vida. Sendo e sentindo-se um bom pai e profissional de sucesso ou uma boa mãe e profissional de sucesso.
Não sei se devo ir direto na busca desta resposta ou se primeiro é preciso rever o conceito de bom pai. Novamente aqui, os critérios de classificação de um bom pai englobam bem menos exigências do que o de uma boa mãe. Acho que vou continuar refletindo sobre esta questão ainda por um bom tempo...

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